A apneia obstrutiva do sono (AOS) ocorre em 40% a 80% das pessoas com doenças cardiovasculares, mas é pouco reconhecida e tratada, de acordo com o comunicado American Heart Association, publicada dia 18 de agosto de 2021 no Journal of the American Heart Association. A apneia do sono ocorre quando uma obstrução das vias aéreas superiores causa episódios repetidos de respiração interrompida durante o sono. Os sintomas incluem ronco, pausas respiratórias, sono fragmentado e sonolência diurna. Em geral, cerca de 34% dos homens de meia-idade e 17% das mulheres de meia-idade atendem aos critérios para AOS. Os fatores de risco para AOS incluem obesidade, grande circunferência do pescoço, anormalidades craniofaciais, tabagismo, história familiar e congestão nasal noturna.
Por Dr. Walter Silva Júnior
O alerta vem de um artigo de revisão conduzido por respeitado grupo de pesquisadores da Austrália e Singapura. Nesse paper, os autores revisaram o “poder” do CPAP na redução dos riscos para DCV nos 3 mais importantes estudos já publicados. O desfecho foi desanimador: o CPAP não mostrou benefícios. Ao revisarem o porquê desse desfecho, a baixa adesão se destaca como a principal.
Por Dr. Bruno Caramelli
Os distúrbios de sono compreendem condições clínicas capazes de interferir negativamente de forma sistêmica sobre o organismo, em especial sobre o sistema cardiovascular. As consequências não se limitam somente ao período em que estamos dormindo, incluem também o período da vigília, comprometendo a qualidade de vida e contribuindo para o surgimento de muitas doenças. A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um transtorno crônico e representa a síndrome mais conhecida e mais importante entre os distúrbios do sono. A AOS é frequentemente subdiagnosticada ainda que tenha sido demonstrada sua relação com eventos e mortalidade cardiovasculares.