A medicina do sono é uma das áreas que tem evoluído muito em pesquisa e em interesse pela classe médica. Muitos avanços têm sido observados em relação aos estudos de diversas doenças que interferem na qualidade do sono, que são cada vez mais frequentes entre os brasileiros.
E lá se vão seis meses desde que a pandemia de Covid-19 chegou ao Brasil. Nesse período de quarentena, muitas famílias passaram a ficar mais tempo juntas em casa, e alguns “efeitos colaterais” dessa convivência mais intensa começaram a surgir, como os distúrbios do sono. As reclamações sobre familiares que sofrem de ronco e apneia cresceram, como é possível verificar com o aumento da telemedicina para exames do sono em casa.
Segundo a Scientific American, “pelo menos metade das crianças com autismo luta para adormecer ou continuar a dormir, e pesquisas com os pais sugerem que o número pode exceder 80%. Para crianças típicas, os números variam de 1 a 16%”.
Atualmente, nós sabemos que o sono depende de um complexo mecanismo, que envolve muitas estruturas encefálicas e muitos neurotransmissores. Sabemos também, que a privação de sono (dormir pouco ou menos que o necessário) tem efeitos graves sobre o funcionamento cerebral, hormonal e sobre o comportamento humano.