Vivemos uma pandemia. Se você pensou no Covid-19, errou! Essa está sob controle, graças à ciência que criou vacinas e orientações adequadas.
Com 1 bilhão de apneicos em todo o mundo* (cerca de 50 milhões no Brasil nos dias de hoje), a pandemia da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um dos principais problemas de saúde pública. Estudos destacam a necessidade de políticas públicas específicas para reduzir o impacto desta terrível e prevalente patologia.
Um artigo interessante publicado Journal of Dental Sleep Medicine ¹ traz uma revisão atualizada no que tange ao manejo da AOS: identificação, diagnóstico, escolha das melhores opções terapêuticas e acompanhamento.
“Descobrir” o paciente sem queixas é tarefa importante do DQ; tratamentos odontológicos demandam, geralmente, várias consultas, o que permite ao profissional avaliar os indivíduos por meio de perguntas, questionários e métodos objetivos, como a polissonografia tipo 4, que pode ser utilizada de várias formas em nossa prática diária.
Segundo o artigo, há 2 maneiras de o paciente chegar:
1. Identificado pelo próprio DQ
2. Vindo do médico
Pela opção 1, após colhidos dados indicativos da presença da doença, o paciente deve ser encaminhado ao médico para o diagnóstico apropriado. Daí, com a polissonografia em mãos, o DQ avalia a viabilidade da terapia com o Aparelho Intraoral (AIO) ou outro tratamento e possibilidades de terapias combinadas.
Quando vem direto do médico, o DQ analisa as condições estomatognáticas (dentes, articulações, tecidos moles, vias aéreas, movimentos mandibulares, etc) e polissonográficas para ajudar a decidir se o AIO é boa opção ou não.
A publicação enfatiza que o AIO pode ser considerado primeira opção de tratamento para diversos graus de severidade da AOS, e não só para ronco primário. O critério que definirá é amplo e envolve detalhes do exame do sono, presença ou não de comorbidades, desejo do paciente, dentre outros.
Em relação ao ensino, o artigo destaca que o cirurgião-dentista que almeja atuar na área precisa ter nos cursos:
a. abrangente e multidisciplinar conhecimento teórico,
b. treinamento clínico onde avalia a polissonografia, realiza exame clínico e anamnético completo, observa características fisioterápicas e fonoaudiológicas (orientado por especialistas nessas áreas), seleciona o melhor tipo de AIO, registra a posição para a construção do dispositivo, instala, ajusta, calibra e preserva o caso,
c. interação e boa comunicação com outras áreas da medicina,
d. ética para direcionar o tratamento de forma adequada e interdisciplinar
Por fim, os autores enfatizam o destacado papel do DQ, dos métodos objetivos – utilizados para triar, identificar e verificar a calibração -, da abordagem multidisciplinar e da terapia centrada no paciente. Dessa forma, o resultado positivo é mais fácil de ser alcançado.
*dados publicados em 2019.
Levine M, Cantwell M, Postol K, Schwartz D.
¹ Dental sleep medicine standards for screening, treating, and management of sleep-related breathing disorders in adults using oral appliance therapy.
J Dent Sleep Med. 2022;9(4)
Por Dr. Walter Silva Júnior
Odontólogo del sueño certificado por la American Board of Dental Sleep Medicine [Junta
Estadounidense de Medicina Dental del Sueño] (ABDSM, por sus siglas en inglés).
Doctorado en sueño en Hospital de Rehabilitación de Anomalías Craneofaciales/Universidad de São Paulo – Bauru, São Paulo.
Site: http://www.institutowaltersilva.com.br/
Instagram: @walter_silva_odontologiadosono
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