O sono é um dos momentos mais importantes do dia. Ele funciona como um alimento. Repõe as energias, revigora o corpo e a mente e nos regula para uma nova jornada. Para o cérebro ele é vital.
O hipogonadismo ocorre quando o homem produz pouca testosterona, o principal hormônio masculino. A redução deste hormônio pode estar associada ao envelhecimento, sendo chamada também de distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM) ou de andropausa, embora este último termo não seja o mais adequado. Cerca de um em cada cinco homens (20%) pode ter hipogonadismo após os 40 anos.
Queixas como cefaleia matinal, dor na região das têmporas e cervical são comuns associadas a dores na região da articulação temporo mandibular e cavidade oral em pacientes que apresentam DTM (distúrbios temporo mandibulares). ⠀⠀
DTM seria, portanto, o conjunto de sinais e sintomas manifestados devido a alterações no sistema estomatognático associados a desequilíbrio funcional. ⠀⠀
Apneia obstrutiva do sono (AOS) é um problema que afeta a respiração de algumas crianças durante o sono. Obstrução é um bloqueio na passagem de ar para os pulmões. Apneia quer dizer uma parada na respiração por pelo menos 10 segundos. Uma criança (ou adulto) com apneia obstrutiva do sono tem momentos durante o sono quando o ar não consegue passar pelas vias aéreas superiores e chegar até os pulmões.
O estado emocional provocado pelas circunstâncias envolvendo a pandemia da Covid-19 está aumentando os casos de distúrbios do sono, o que requer mais atenção e cuidado em relação à saúde.
A atuação do Médico do Sono é uma oportunidade de praticar a arte da Medicina em sua plenitude, somos técnicos, ouvintes, simpatizantes e investigadores. O melhor entendimento da fisiologia do sono ocorrido após a década de 1960 permitiu o surgimento dessa nova especialidade médica dedicada a tratar os mais de 100 diferentes distúrbios do sono. Apesar de ainda termos muitas perguntas precisando de respostas, temos a certeza que esse 1/3 de tempo de vida que passamos dormindo têm funções fundamentais para nossa saúde.
Desde o início da quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, têm crescido no Brasil os relatos de quadros de ansiedade e distúrbios do sono. Essa preocupação com a qualidade do sono está levando não só médicos, mas muitos dentistas a recorrerem ao monitoramento digital por oxímetro para avaliar e acompanhar o tratamento de casos de ronco e apneia obstrutiva do sono.
A fonoaudiologia e o sono possuem uma relação mais antiga do que se conhece. Desde o final da década de 90 e início dos anos 2000, os profissionais da área de motricidade orofacial, já observavam a relação entre as alterações das estruturas e funções do sistema estomatognático nos indivíduos roncadores e com apneia obstrutiva do sono. Alguns trabalhos publicados nesta época já citavam alterações como: aumento do volume lingual tanto lateralmente como longitudinalmente, aumento da altura do dorso de língua e denteamento de suas bordas, véu palatino e úvula alongados, hiperemiados e edemaciados além de alterações funcionais da mastigação e da deglutição. Entretanto, somente a partir de 2009, com um trabalho publicado na American Journal of Respiratory and Critical Care intitulado “Efeitos dos exercícios orofaríngeos em pacientes com apneia obstrutiva do sono moderada”, com grande repercussão internacional que a fonoaudiologia se consagrou como uma possibilidade de tratamento em pacientes com apneia obstrutiva do sono.
Atualmente o fisioterapeuta tem atuado de diversas maneiras na área do sono, tanto na prática clínica quanto na pesquisa.
De forma prática, ele pode atuar na educação social, conscientizando as pessoas em relação à importância do sono e de suas funções bem como sobre o impacto negativo da privação de sono, além de fornecer orientações posturais e de higiene do sono que irão proporcionar um sono reparador e assim contribuir para a promoção de saúde da população.
Segundo a Scientific American, “pelo menos metade das crianças com autismo luta para adormecer ou continuar a dormir, e pesquisas com os pais sugerem que o número pode exceder 80%. Para crianças típicas, os números variam de 1 a 16%”.
Atualmente, nós sabemos que o sono depende de um complexo mecanismo, que envolve muitas estruturas encefálicas e muitos neurotransmissores. Sabemos também, que a privação de sono (dormir pouco ou menos que o necessário) tem efeitos graves sobre o funcionamento cerebral, hormonal e sobre o comportamento humano.